O BOIEIRO QUE PROFETIZOU

 

“As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto” (Amós 1.1).
Que bom seria se o que Amós disse de si fosse imitado por todos. Enquanto muita gente deseja ser reconhecida como “a tal”, aquele servo de Deus fazia questão de afirmar que não era profeta nem discípulo de profeta, mas um boieiro e colhedor de sicômoros (Amós 7.14), uma espécie de figueira. Ele afirmou que o Senhor o havia tirado do pastoreio e o mandou profetizar. Deus escolhe a quem quer, não importando a profissão dessa pessoa. O escolhido deve sempre dar a glória Àquele que o chamou.
A fidelidade desse boieiro foi marcante em todo o seu ministério. Quase sempre, ele se referia ao que o Altíssimo lhe mostrava, dizendo: “Assim diz o Senhor” (Amós 1.3). Essa característica é de suma importância na vida de todos os que, de fato, desejam usar seu ministério para servir a Deus, e não com o objetivo de lidar com ele de forma utilitária. É preciso que os servos deem ao Senhor honra e glória devidas. 
Amós mostrou ser fiel a quem o chamara e o enviara como atalaia dos Céus. Eram tempos difíceis. É provável que ele tenha conhecido os profetas Eliseu e Jonas, já idosos. Entregava suas profecias sem olhar o perigo que corria por abrir sua boca. Como servo leal, fazia o que lhe era ordenado. Todos os servos do Altíssimo devem proceder desse modo. Quem não é leal e fiel haverá de lamentar muito, mas será tarde demais.
O entendimento daquele profeta era de que a capacidade de atuação do Senhor não conhece limites, operando em qualquer lugar, tanto no Céu quanto no inferno (Amós 9.2-6). Todo servo de Deus precisa estar ciente desse fato. Não importa o que tente deter o povo de Deus; agindo o Senhor, não há quem O possa impedir de realizar Sua vontade (Isaías 43.13).

Amós foi usado para dizer que haverá dias em que as pessoas terão fome de ouvir a Palavra de Deus (Amós 8.11). Então, elas viajarão de uma parte para outra em busca do alimento do Céu e não o encontrarão (v. 11,12). Até as “virgens formosas e os jovens” desmaiarão de sede espiritual (v. 13). Assim como aconteceu nos dias de Amós, os que confiam em ídolos e por eles juram “cairão e não se levantarão mais” (v. 14). Quando falamos de adoração a ídolos, referimo-nos não apenas a imagens de escultura, mas a tudo aquilo que, em nosso coração, tem tomado o lugar que só deveria ser ocupado pelo Senhor(Mateus 22.37). Infelizmente, hoje, até seres humanos têm sido idolatrados nas igrejas.
Amós foi usado para mostrar que até sobre a natureza Deus governa, e não é por acaso que chove em uma região e, em outra, não (Amós 9). Ele também mostrou que, quando uma sociedade não está de bem com o Senhor, tudo de ruim pode acontecer-lhe. As pragas surgem com autorização dos Céus, como lição de que precisamos acertar-nos com o nosso Deus (cap. 8.8-14).
No cumprimento do ministério dele, Amós foi acusado por Amazias, sacerdote de Betel, de conspiração contra o rei Jeroboão II (cap. 7.10-13). No entanto, Amós falava o que o Senhor lhe ordenava, por isso, Deus o conduziu na missão de ser Seu mensageiro. Os servos do Todo-Poderoso devem proferir o que o Altíssimo lhes manda, sem se importar com o preço que pagarão. Essa é a tarefa de todo aquele que decidiu obedecer ao chamado do Mestre.
Que você cumpra cabalmente esse ministério é a minha oração (2 Timóteo 4.5 – ARA).

Em Cristo, com amor,

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