HONRE O SEU COMANDANTE
“E sucedeu, depois da morte de Josué, que os filhos de Israel perguntaram ao SENHOR, dizendo: Quem dentre nós primeiro subirá aos cananeus, para pelejar contra eles?” (Juízes 1.1).
O nosso ministério termina quando a nossa vida chega ao fim, mas a obra do Senhor tem de continuar. Prova disso é que, assim como os filhos de Israel honraram seu líder até a morte, oraram ao Altíssimo para que esse posto fosse logo preenchido por alguém da Sua escolha. Tudo isso aconteceu porque eles sabiam que precisavam pelejar e continuar o projeto divino, o qual não para nem mesmo com a morte do líder.
Quando um servo de Deus, responsável por um trabalho, é recolhido ao Jardim do Senhor, seu ministério cessa. Então, seus familiares não podem cair na tentação de achar que aquela tarefa era um bem material do falecido – como, por exemplo, uma fazenda – e, portanto, eles devem tocar a obra. Tanto faz se ele foi chamado para iniciar o afazer ou continuá-lo, pois isso era ato muito pessoal, e o Altíssimo é quem escolhe a pessoa para assumir o comando. Uma boa ilustração para esse fato é Moisés: embora ele tivesse dois filhos – Gérson e Eliézer, não se cogitou que eles sucederiam o pai na missão que o Eterno lhe confiou.
Com Josué aconteceu algo semelhante: enquanto estava vivo, os filhos de Israel o honraram, e não há notícias de algum motim organizado para depor o escolhido do Senhor. Ao contrário, eles o aceitaram como enviado do Altíssimo. Desse modo, puderam vencer as batalhas que travaram. Talvez, os israelitas tivessem aprendido com as revoltas contra Moisés e o julgamento que o Senhor executou, destruindo os rebeldes. Ora, não se deve apontar o dedo contra aquele que foi separado para cumprir o plano de Deus, pois ele tem o Todo-Poderoso como sua retaguarda.
Jamais devemos aceitar que haja em nosso meio alguém com vontade própria, o qual passe a fazer política, velada ou ostensiva, para ser o escolhido. É preciso, sim, orar a Deus pedindo direção. Realmente, não é bom procedimento tirar do Comandante supremo, o nosso Senhor, a prerrogativa de escolher o cabeça do Seu povo.
Os israelitas tinham noção de que deveriam continuar a obra de Deus, a qual será concluída com a volta de Jesus. Não importa a posição em que Ele nos coloca para cumprirmos a Sua chamada, devemos estar lá: seja na liderança, na porta, ou em qualquer outro posto. Por isso, não é certo fazer pedido igual ao dos filhos de Zebedeu, os quais queriam ficar um a cada lado do Mestre(Marcos 10.32-45). Até a mãe deles tentou intervir em favor dos filhos, mas Jesus os convenceu a desistirem, pois o líder é fruto de escolha, e não de rogo.
Com a morte do líder, o Senhor levantará outro, e nós, juntos com o nomeado, devemos permanecer servindo ao Mestre com amor, dedicação e respeito. Continuar a realizar o que nos foi ordenado, meu irmão, além de gratificante e honroso, serve para mostrar que somos fiéis e leais. Desse modo, quem está cumprindo sua missão pode crer que há um exército de anjos ao seu lado, e o tamanho desse batalhão depende do que será preciso para tal realização. Contudo, não se preocupe, pois isso foi muito bem calculado pelo Comandante supremo.
Em Cristo, com amor,
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