O CASTIGO DA REBELDE
IGREJA DA GRAÇA JD. ADELFIORE
E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa. Números 12.10
Miriã, irmã de Moisés, fez uso de preconceito racial para trazer à tona a inveja que nutria por Moisés, seu irmão. Infelizmente, esse demônio ainda continua fazendo vítimas, inclusive, no meio do povo de Deus. Não são poucas as pessoas que não vingaram na fé por se terem deixado levar por várias tentações. O pior é que ficaram presas nas mãos de espíritos torturadores, os quais as atormentarão para sempre.
Quando Arão, o irmão mais velho de Moisés, que se havia juntado à Miriã em sua loucura de acusar o servo de Deus, viu o que sucedera, foi a Moisés e pediu que ele e a irmã fossem perdoados. Todo aquele que peca deve confessar seu pecado e buscar o perdão. Quem transgride contra a pessoa que está sendo usada pelo Senhor, deve procurar urgentemente o homem de Deus e confessar seu erro, antes que seja tarde.
Moisés clamou, e o Altíssimo perdoou. Contudo, Miriã teve de ser detida fora do arraial por sete dias, até que a vergonha fosse tirada. O pecado contra quem o Senhor colocou na direção da obra, se for confessado, será perdoado; porém, se não for confessado, o próprio Deus agirá contra o rebelde. Miriã teve de ficar algum tempo fora da comunhão, e todos tomaram conhecimento da sua má atitude e sua punição.
Jamais se levante contra aquele que foi chamado para dirigir a obra de Deus. Não aceite a tentação de desejar a posição de quem o Altíssimo nomeou, pois, quando a paciência divina terminar, você estará leproso espiritualmente. Miriã ficou branca como a neve; no entanto, aquela brancura não era sinal de santificação nem de limpeza, mas de como a sua alma estava imunda com a sua péssima conduta.
A rebelião começa com alguma observação feita por quem não está bem na fé. Ora, aquele que se abrir para o pecado verá que um abismo chama outro (Sl 42.7). De início, ela não falou nada, mas a fermentação ocorria em seu espírito. Em vez de orar e pedir que o Senhor afastasse aquilo de seu coração, ela acrescentava mais lenha à fogueira que a queimava. Era só questão de tempo para perceber que fora enganada pelo demônio.
Quando Moisés se casou com uma mulher cuxita, Miriã (que não tinha nada a ver com isso), como irmã “zelosa”, mas preconceituosa, não aguentou e, com Arão, falou contra o servo do Altíssimo. Pelo que disseram, percebe-se que a revolta contra o casamento era só pretexto, pois a verdadeira causa era a inveja. Sempre tem sido assim: o fogo vai crescendo e, ao surgir algum fato inusitado, a revolta se revela.
Arão e Miriã invejavam o carinho que o povo tinha por Moisés. Para eles, o povo também deveria procurá-los, uma vez que também eram usados pelo Altíssimo. Acontece que Deus, em Sua sabedoria, não os escolheu por saber que não tinham estrutura forte o bastante para resistir aos problemas que uma liderança enfrenta. Como não vigiaram, caíram.
Em Cristo, com amor,
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