Fácil como orar

Orar é simplesmente falar com Deus. Ele conhece você. O que importa é a atitude de seu coração, sua honestidade. Sugerimos que você ore em voz alta (se possível) a seguinte oração:
Querido Deus,
Eu sei que eu sou um pecador e preciso do seu perdão.
Creio que morreu pelos meus pecados.
Eu quero me afastar dos meus pecados.
Agora eu te convido a entrar no meu coração e na minha vida.
Quero confiar e segui-Lo como Senhor e Salvador.
Essa oração é um desejo do seu coração?
Se sim, então ore em voz alta (se puder),
e como Jesus prometeu, Ele entrará em sua vida.


“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”.
Isaías é chamado pelos estudiosos como o maior dos profetas do Velho Testamento, o “rei de todos os profetas”. Chega a ser cognominado “a águia entre os profetas” e o evangelista da antiga aliança. O significado do seu nome, em hebraico, é bem apropriado para o caráter de seus escritos: “Yeshayahu“, cujo sentido é “Yahweh é a salvação”.
Sua capacidade estilística é impressionante; seus recursos para criar figuras literárias nos enleva. Sabedores de que a maior parte do seu livro foi escrito em forma de poesia, para surpresa de alguns, ele é considerado o maior poeta do Velho Testamento.
Comentaristas na “Introdução aos Profetas”, da Bíblia de Jerusalém, o denominam de poeta genial. O brilho do estilo e a novidade das imagens fazem dele o grande clássico da Bíblia.
Para bem compreender o verso de Isaías 7:14, ele deve ser estudado em seu contexto histórico, em seu problema gramatical e em suas implicações teológicas.
I – Contexto Histórico
O livro de Isaías tem sido dividido por alguns em duas partes:
1º) Abrangendo 39 capítulos;
2º) Compreendendo os demais 27 capítulos.
A primeira parte está dividida em 5 seções.
Com o capítulo 7 começa a segunda seção, onde se descreve a aliança da Síria com o reino de Israel (Efraim), contra Judá, no reinado de Acaz. Se a cronologia nos informa que Acaz começou a reinar em 735 a.C., estes eventos se realizaram em 734.
A Síria governada por Rezim, e Israel administrado por Peca, o perverso assassino do rei Pecaías, aliaram-se com o iníquo objetivo de subjugar o reino de Judá e obrigá-lo a cooperar com eles na campanha militar contra a poderosa e agressiva Assíria. Com a ameaça de um ataque iminente, o rei de Judá e o povo ficaram aterrorizados e cheios de grande perturbação.
Acaz, de personalidade tíbia e pusilânime, ferido em seu amor próprio devido à primeira derrota frente a Peca e Rezim, cometeu a insensatez pecaminosa de pedir auxílio ao rei assírio. Ainda mais, amedrontado, tomou a prata e o ouro da casa do Senhor, e os tesouros da casa do rei, e os enviou a Tiglate-Pileser com a declaração vexatória: “Eu sou teu servo e teu filho; sobe e livra-me do poder do rei da Síria e do poder do rei de Israel, que se levantam contra mim”, como nos relata 2Reis 16:7-9. Diante desta situação aflitiva, Isaías recebeu de Deus a incumbência sagrada de procurar Acaz com alguns objetivos.
1º) Apresentar-lhe uma mensagem estimulativa da parte de Deus: “Acautela-te e aquieta-te, não temas nem desanime o teu coração” (Isaías 7:4). Em outras palavras, ele queria dizer: não há nenhuma necessidade para preocupação, já que, numa elegante metáfora, ele compara os dois reis a pedaços de tições fumegantes, pois se outrora eram perigosos, agora seu poderio estava quase extinto. Em sua entrevista com Acaz, o profeta procurou animá-lo, transmitindo-lhe a seguinte mensagem: se depositasse confiança no Senhor haveria livramento. Rezim e Peca em breve desapareceriam como bolhas de sabão.
2º) Isaías, com seu acendrado espírito religioso, combateu tenazmente a aliança com poderes pagãos, porque previa os males que viriam para Acaz e para o povo de Deus.
A mensagem do profeta ao rei alarmado era de confiança em Deus, culminando com a declaração do verso 9: “se o não crerdes, certamente não permanecereis”. Nesta afirmativa do profeta, há um notável trocadilho hebraico, que é difícil transmitir numa tradução.
Eis algumas tentativas para reproduzir o efeito original:
“Sem fé não há fixidez”.
“Sem confiança forte não há forte de confiança”.
“Sem confiança não há permanência”.
As consequências de rejeitar a orientação divina são evidentes no relato sagrado:
Politicamente, Acaz se vê transformado num simples vassalo da Assíria.
Na esfera religiosa, rejeitando a promessa de libertação que o mensageiro do Senhor lhe oferecera, entregou-se inteiramente ao paganismo (2Reis 16:10-18).
Tanto se afastou de Deus, que chegou a passar o seu filho pelo fogo, influenciando com seu comportamento negativo o declínio espiritual de todo o povo. Altares pagãos foram erigidos por toda a parte, inclusive no templo em Jerusalém, fazendo com que o culto ao verdadeiro Deus se extinguisse.
Quando Isaías viu que tanto o rei quanto os seus subordinados desprezaram a mensagem divina, ele silenciou por algum tempo o seu ministério público.
3º) Sugeriu que Acaz pedisse um sinal como evidência de que estava diante de um verdadeiro profeta de Deus. Já que não crês nas palavras do profeta, pede um sinal, uma garantia ou evidência que o assegure que Deus cumprirá a promessa de salvar o Seu povo.
Acaz respondeu: “Não o pedirei nem tentarei ao Senhor” (Isaías 7:12).
Sua declaração era uma saída hipócrita sob o pretexto de que guardava a lei (Deuteronômio 6:16).
Se tentar a Deus é pôr Deus em uma prova, o pedir o sinal que era oferecido por Ele não seria tentá-Lo.
A razão primordial para rejeitar o sinal, era que ele não estava disposto a submeter-se à vontade de Deus, ou estava receoso de que o obrigasse a alterar a política externa que adotara.
Diante da atitude de Acaz recusando-se a pedir um sinal, Isaías lhe diz que Deus lhe daria o sinal”.
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamara Emanuel” (Isaías 7:14).
Este sinal dado por Deus é a demonstração mais convincente de Sua intervenção e direção na História.
No livro A Profecia de Isaías, de A. R. Crabtree, pág. 157, há esta afirmação: “Talvez não haja outra profecia no Velho Testamento que tenha produzido mais perplexidade e mais discussão do que estes versículos sobre o sinal que Deus deu a Acaz”.
Corrobora com esta afirmativa Albert Barnes, em Notes on the Old Testament, vol. 8, pág. 157, ao declarar: “… não existe nenhuma profecia no Velho Testamento da qual se tenha escrito tanto, e que tem produzido mais perplexidade entre os comentaristas do que esta”.
Os versos 17 a 25 apresentam uma terrível descrição de como eles seriam assolados em virtude da rejeição do sinal.

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