O Salmo 20, um salmo real, é um salmo de fé, atribuído a Davi. Seu tom é de bênção, tal como a bênção que um rei concederia à sua gente, talvez à véspera de uma batalha. O breve poema tem três momentos: (1) a bênção de Deus à batalha (v. 1-5); (2) a garantia da proteção divina (v. 6); (3) a afirmação de fé no Deus-Rei (v. 7-9).
20.1-5 — No dia de angústia provavelmente se refere ao dia de batalha. Mas se aplica de forma ampla a qualquer dia aflitivo da vida do crente. Santuário. Acreditava-se que o auxílio divino provinha do templo de Jerusalém. Na verdade, provém da morada celestial de Deus, a qual o santuário terrestre simbolizava. Teus holocaustos. Os soldados prestes a ir para a guerra teriam realizado os sacrifícios necessários à confissão de pecados (Lv 1—7). No contexto imediato, a salvação é utilizada para descrever o livramento diário dos rigores da batalha e a vitória sobre o inimigo. Mas a libertação que o Senhor nos concede de nossos problemas espirituais merece o mesmo tipo de louvor.
20.6 — O rei Davi era o ungido do Senhor (SI 18.50). Sua destra. Trata-se de um termo que exprime a maravilhosa libertação dos israelitas do Egito (SI 17.7; 44.3; 118.16; Êx 15.6).
20.7-9 — Carros (carruagens) eram a principal arma da Antiguidade no campo de batalha. Os instrumentos de guerra eram meras ferramentas na mão de Deus, pois a batalha lhe pertence. Ouça-nos o Rei. Acima do rei Davi, havia Deus, o Rei dos reis; além disso, um dia o Rei Jesus reinaria sobre todos os mares.
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