Então Davi se retirou dali, e escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali para ter com ele.” 1 Samuel 22:1
Houve um momento na vida de Davi em que ele foi perseguido por Saul e por isso teve que se esconder. O lugar escolhido foi uma caverna, de nome Adulão, e “com ele se ajuntou todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens”.
Às vezes nós também agimos como Davi. Sentimo-nos sozinhos em meio a uma grande multidão, e desafiados pelo nosso próprio “eu”, perseguidos pelas nossas debilidades, procuramos um lugar para ficar, corremos para a caverna... E quem ainda não teve essa experiência? Creio que muitas pessoas, mas é preciso entender que o momento de estar nela passa, ele não pode ser permanente. A caverna é lugar de "conversa de homem para homem". Conversas difíceis, em que derramamos nossa alma diante de Deus, questionando os fatos, o mal, a angústia.
Quando estamos por baixo, endividados, angustiados, e às vezes até sem força para orar, tornamo-nos sensíveis ao Senhor e à sua voz. Jacó também experimentou esse momento, ele viveu seu Peniel. Sozinho, viu Deus face a face no vau de Jaboque. Ele vivia um momento de grande apreensão com a aproximação de Esaú, que procurava matá-lo, e no pior momento, Deus se revelou, mudando-lhe o nome e o livrando.
Na caverna não há como mentir e o "status" deixa de ser algo a ser perseguido. Nela é preciso pensar em sobreviver sem luxo, requinte, floreios, sem subterfúgios, maquiagem, sem discriminação. A caverna é um lugar de profunda aprendizagem espiritual, de ouvir a Deus falar coisas sérias, sobre obediência e submissão.
“Não há vergonha em passar por períodos de tribulação. Mas é preciso aprender o que Deus quer nos ensinar para que a experiência valha a pena!”
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