Viva e eficaz é a palavra de Deus, cujo poder transforma a vida do mais vil pecador, o tornando digno de desfrutar da presença de Deus.
Não há filosofia humana que alcance êxito, sem distinção de nível cultural e classe social, como a palavra de Deus; pois transforma incautos em doutos e desconstrói muralhas intelectuais até então impenetráveis.
Davi, o homem segundo o coração de Deus, tinha o pleno conhecimento da magnitude e significado da palavra de Deus, tanto que dedica o maior salmo, reverenciando as suas benesses (Salmo 119).
Amar a Deus e não amar a Sua palavra significa não amar a Deus. Observar, meditar e guardar a palavra de Deus é sinônimo de amar a Deus.
Por ela somos santificados (Jo 17:17), pois se constitui fonte de como agradar a Deus. E também é a espada do Espírito (Ef 6:17).
O apóstolo Paulo instruí o seu discípulo Timóteo a manejar bem as escrituras sagradas.
É o que devemos fazer, pois nos aproxima mais de Deus e assim compartilhamos da boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
É o ponto fundamental deste artigo, porque observo a necessidade de se transmitir o evangelho como ele é, e não falsificado, como muitos introduzem seus pretextos usando de forma ilegítima, revestidos da autoridade das escrituras sagradas.
Tendo como ponto principal o despertamento daqueles que dormem e estão desatentos, semelhantes a onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
Conheçamos o SENHOR; esforcemo-nos por conhecê-lo. Assim conheceremos a verdade, a verdade nos libertará.
O que se constata atualmente, não é a falta de conhecimento em si mesma, mas está relacionado a compreensão debilitada sobre as Escrituras Sagradas.
Pois existe uma linha tênue, onde ser servo ou senhor das Escrituras se alternam discretamente.
Tanto que as piores heresias surgiram de grandes homens de Deus, que difundiram puramente a palavra de Deus até certo momento, depois começaram a difundir o seu modo de interpretar como se fosse correto, influenciando multidões; sem ao menos sujeitar-se ao crivo das Escrituras Sagradas.
Exemplo fático, dentre tantos outros, é o caso da interpretação do versículo 33 de Mateus 6. Nas palavras do mestre, Salvador e Senhor: "Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
Quase imperceptível! Porém pelo fato deste versículo ser usado isoladamente em pregações, até mesmo por grandes pregadores, ao falar este versículo isoladamente, fora de seu contexto, acaba por trocar uma palavra por outra e, consequentemente, se tem um entendimento diverso do que Jesus disse.
Não raro os casos que de forma didaticamente este versículo é ultrajado.
- Repitam comigo: Mas buscai o reino Deus e sua Justiça e todas as coisas vos serão acrescentadas! Entenderam? Deus não fala uma coisa, Deus não fala duas coisas, Ele fala todas as coisas!
Muitos usam deste argumento.
O engano já está consumado, gerando aos receptores da mensagem, como se fosse um dogma, e toda vez que você meditar sobre este versículo, terá uma idéia já formada que não te deixará alcançar o pleno entendimento.
Os que adotam a teologia da prosperidade recorrem frequentemente a este versículo, logicamente, com a interpretação errada, encontram argumentos até convincentes, porém ilegítimos.
Eis a diferença: Jesus fala: "Mas buscai primeiro o seu reino e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Jesus não diz: Mas buscai primeiro o seu reino e sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas.
Existe uma grande diferença em todas estas coisas e todas as coisas!
Todas as coisas tem sentido amplo e indeterminado, já todas estas coisa, tem sentido restrito e específico.
Então o que seria “todas estas coisas”? O contexto trará a resposta.
Portanto, quando Jesus diz, "Buscai primeiro o reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas", Ele já havia dito repetidas vezes o que seria "todas estas coisas".
Vejamos os versículos 25 e 31 de Mateus 6.
25”Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir”. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?
31 Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?
Ou seja, "todas estas coisas" se referem ao comer, ao beber e ao vestir.
É impossível concluir outro tipo de entendimento lendo da forma correta.
Estejamos atentos!
Conclusão
O versículo 33 de Mateus 6, não pode ser citado isoladamente, mesmo sendo citado da forma correta, pois pode passar ao receptor outra impressão, se não for explicado em seu contexto.

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