“DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA”
Muitas pessoas aceitam bem a ideia de que Deus tenha criado o Universo, a natureza e os próprios humanos. Afinal, os organismos vivos são tão complexos e bem feitos que certamente deve haver alguém muito inteligente por trás de sua existência. Muitas pessoas agradecem a Deus todos os dias pelo dom da vida. Elas também reconhecem que dependem totalmente de Deus quanto às necessidades básicas — o ar, a água, os alimentos e os ciclos naturais da Terra — para que possam viver e tenham prazer nisso.
Devemos ser gratos a Deus por todas essas coisas, pois ele é nosso Criador e nos mantém vivos. (Salmo 104:10-28; 145:15, 16; Atos 4:24) Podemos entender o que o amor de Deus realmente significa para nós quando pensamos em tudo o que ele faz só para tornar a vida possível. O apóstolo Paulo explicou isso da seguinte maneira: “[Deus] dá a todos a vida, o fôlego e todas as coisas. Pois, por meio dele temos vida, e nos movemos, e existimos.” — Atos 17:25, 28.
No entanto, Deus expressa esse amor de várias maneiras, não apenas por cuidar de nós fisicamente. Ele também nos dignificou por nos criar com uma necessidade espiritual e nos ajudar a satisfazê-la. (Mateus 5:3) Assim, todos os humanos obedientes têm a chance de fazer parte da família de Deus, como seus “filhos”. — Romanos 8:19-21.
Como João 3:16 continua dizendo, Deus mostrou seu amor por nós ao enviar seu Filho, Jesus, à Terra para nos ensinar sobre seu Pai e morrer por nós. Mas muitos admitem não entender por que foi necessário Jesus morrer pela humanidade e como a morte de Jesus é uma expressão do amor de Deus por nós. Vejamos como a Bíblia explica o motivo e a importância da morte de Jesus.
“DEU O SEU FILHO UNIGÊNITO”
Todo ser humano é mortal, sujeito a doenças, velhice e morte. Mas isso nunca fez parte do propósito original de Jeová Deus. Ele deu aos primeiros humanos a perspectiva de viver para sempre num paraíso na Terra. Mas havia uma condição: eles teriam de ser obedientes; do contrário, morreriam. (Gênesis 2:17) O primeiro homem se rebelou contra a autoridade de Deus, o que resultou em morte para si mesmo e sua descendência. O apóstolo Paulo explicou: “Por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” — Romanos 5:12.
No entanto, Deus “ama a justiça”. (Salmo 37:28) Embora não pudesse ignorar a transgressão deliberada de Adão, Deus não condenou toda a humanidade ao sofrimento e morte eterna por causa da desobediência de um só homem. Pelo contrário, por aplicar o princípio jurídico de “vida por vida”, ele equilibrou a balança da justiça e mais uma vez tornou possível que humanos obedientes tivessem vida eterna. (Êxodo 21:23, Al) Então, como a vida perfeita que Adão perdeu poderia ser recuperada? Alguém teria de oferecer, ou sacrificar, uma vida de valor igual à de Adão — uma vida humana perfeita.
É óbvio que nenhum descendente imperfeito de Adão podia fazer esse tipo de oferta, mas Jesus sim. (Salmo 49:6-9) Ele nasceu sem o pecado herdado e era perfeito, assim como Adão tinha sido. Deste modo, por entregar sua vida, Jesus resgatou a humanidade da escravidão ao pecado. Ao fazer isso, ele deu aos descendentes do primeiro casal humano a oportunidade de ter a mesma vida perfeita que Adão e Eva tiveram. (Romanos 3:23, 24; 6:23) O que precisamos fazer para nos beneficiar desse bondoso ato de amor?
“TODO AQUELE QUE NELE CRÊ”
Voltando a João 3:16, encontramos as palavras “para que todo aquele que crê [em Jesus] não pereça, mas tenha a vida eterna”. Isso significa que há uma condição para obter a vida eterna: acreditar em Jesus e obedecê-lo.
Você talvez se pergunte: ‘O que obedecer tem a ver com isso? Afinal, Jesus não disse que “todo aquele que nele cresse não pereceria, mas teria a vida eterna”?’ De fato, acreditar é essencial. No entanto, segundo a Bíblia, simplesmente acreditar que Jesus existe não é suficiente. De acordo com o Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento, de Vine (em inglês), a palavra usada por João no idioma original significa “confiança, não mera credulidade”. Para ter o favor de Deus, a pessoa precisa fazer mais do que reconhecer que Jesus é o Salvador. Ela precisa se esforçar sinceramente em aplicar o que Jesus ensinou. Sem ações, qualquer afirmação de fé é vazia. “A fé sem obras está morta”, diz a Bíblia. (Tiago 2:26) Em outras palavras, o que se requer da pessoa que crê é que ela exerça fé em Jesus, isto é, que viva de acordo com sua crença e fé.
Paulo explica isso da seguinte maneira: “O amor de Cristo nos compele, porque foi isso o que julgamos, que um só homem [Jesus] morreu por todos . . . para que os que vivem não vivessem mais para si mesmos, mas para aquele que morreu por eles e foi levantado.” (2 Coríntios 5:14, 15) A gratidão sincera pelo sacrifício de Jesus deve nos motivar a fazer mudanças em nossa vida — deixar de egoistamente viver para nós mesmos a fim de viver para Jesus, que morreu por nós. Isso quer dizer que a prioridade de nossa vida deve ser praticar o que Jesus ensinou. Consequentemente, essa mudança afetará nossos valores, nossas escolhas e tudo o que fazemos. Qual será a recompensa para aqueles que acreditam e exercem fé em Jesus?
“NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA”
A última parte de João 3:16 mostra a promessa de Deus para aqueles que exercem fé no resgate e vivem de acordo com os padrões divinos. Deus não quer que essas pessoas fiéis ‘pereçam, mas que tenham vida eterna’. Mas há perspectivas diferentes para os que se beneficiam do amor de Deus.
Para um grupo de pessoas, Jesus prometeu vida eterna no céu. Ele disse claramente a seus discípulos que lhes prepararia um lugar para que governassem com ele no céu. (João 14:2, 3; Filipenses 3:20, 21) Os ressuscitados para a vida no céu “serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos”. — Revelação (Apocalipse) 20:6.
Apenas um número limitado de seguidores de Cristo receberá esse privilégio. De fato, Jesus disse: “Não temas, pequeno rebanho, porque vosso Pai aprovou dar-vos o reino.” (Lucas 12:32) Quantas pessoas fazem parte desse “pequeno rebanho”? Revelação 14:1, 4 diz: “Eu vi, e eis o Cordeiro [o ressuscitado Jesus Cristo] em pé no monte Sião [celestial], e com ele cento e quarenta e quatro mil, que têm o nome dele e o nome de seu Pai escrito nas suas testas. . . . Estes foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro.” Em comparação com os bilhões de pessoas que já viveram, os 144 mil constituem apenas um “pequeno rebanho”. Esses são descritos como reis. Mas sobre quem reinarão?
Jesus falou sobre um segundo grupo de pessoas fiéis que receberiam os benefícios do Reino celestial. Como mostra João 10:16, ele disse: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” Essas “ovelhas” esperam ter vida eterna na Terra — a mesma perspectiva que Adão e Eva tinham. Como sabemos que elas viverão na Terra?
A Bíblia se refere muitas vezes às condições paradísicas que haverá na Terra. Para comprovar isso, você pode ler em sua Bíblia os seguintes textos: Salmo 37:9-11; 46:8, 9; 72:7, 8, 16; Isaías 35:5, 6; 65:21-23;Mateus 5:5; João 5:28, 29; Revelação 21:4. Esses versículos predizem o fim da guerra, da fome, da doença e da morte. Falam de um tempo em que pessoas boas terão a alegria de construir suas próprias casas, cultivar suas próprias terras e criar seus filhos num lugar pacífico. * Você não acha essa ideia atraente? Temos boas razões para acreditar que essas promessas se cumprirão em breve.
DEUS TEM FEITO MUITO
Quando pensa em tudo o que Deus tem feito por você e por toda a humanidade, você percebe que ele já fez muito. Temos vida, inteligência, certa medida de saúde e tudo o que é necessário para viver. Mais do que isso, o presente de Deus, o resgate por meio da morte de Jesus, resulta em bênçãos ainda maiores, como aprendemos em João 3:16.
A vida eterna num mundo pacífico, onde não haverá mais doenças, guerras, fome ou morte, com certeza será feliz e cheia de bênçãos. Se você receberá ou não essas bênçãos é algo que depende apenas de você. Então, pergunte-se: ‘O que estou fazendo para Deus?’
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